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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Renascendo

                                  
Sentir o renascer da alegria, emoção, amor, felicidade é como nascer de
novo, mas em um mundo onde não há guerras e conflitos, montanhas de amor
se formam ao nosso redor, pois não sofremos porque DEUS, mandou e sim
pelas nossas falhas, nossas gânancias e gula pelo poder, devemos sim
levantar a cabeça sempre, senti que DEUS é sempre bom e que tudo pode e
deve ser maravilhoso.

sábado, 10 de abril de 2010

A Ilha

Todos os sentimentos se apressaram para sair da ilha, pegaram seus barcos e partiram,mas o Amor ficou, pois queria ficar mais um pouco com a ilha, antes q ela afundasse.
Quando estava quase se afogando, o Amor começou a pedir ajuda. Nesse momento estava passando a Riqueza em um barco lindo e o Amor disse:
Riqueza leva-me com vc?
Não posso. Há muito ouro e prata no meu barco. Não há lugar para vc!
Então pediu ajuda a Vaidade, q tbm vinha passando:
Vaidade, me ajude!
Não posso ajudar Amor,vc está todo molhado e poderia estragar meu barco.
Veio passando a Tristeza e o Amor pediu ajuda:
Tristeza, deixe-me ir com vc?
Oh! Amor, estou tão triste q quero ir sozinha.
Aí passou tbm a Alegria, mas estava tão alegre q nem viu o Amor chamar.
Venha Amor eu levo vc! Era um velhinho.
O Amor ficou tão feliz,q se esqueceu de perguntar o seu nome. Chegando do outro lado do morro ele perguntou à Sabedoria quem era aquele velhinho. Respondeu a Sabedoria:
Era o Tempo.
O Tempo? Mas pq o Tempo me trouxe?
Pq somente o Tempo é capaz de amenizar as inquietudes da vida e entender um grande Amor.

domingo, 4 de abril de 2010

BIG BROTHER

Nos últimos dez anos, o canal de maior audiência da TV aberta no Brasil exibiu durante 900 noites seguidas a atração Big Brother Brasil. Em outras palavras, a TV Globo passou mais de dois anos transmitindo, de forma ininterrupta, o programa que segue o formato criado em 1994 pelos holandeses Joop van den Ende e John de Mol, nomes que deságuam na ora famosa marca Endemol.
No conjunto, são dois anos e meio falando de prêmio de dinheiro graúdo. R$ 500 mil, R$ 1 milhão, R$ 1,5 milhão. E também de anjo, monstro, liderança, paredão, eliminação. E tome Pedro Bial pontificando, filosofando, misturando superego, mito do herói, arquétipo e inconsciente coletivo, Brecht e Paulo Coelho, Maiakovski e Paulo Leminski, Renato Russo e Bob Dylan, arrematando tudo com a manjada moral da história extraída possivelmente dos contos da lavra dos irmãos Grimm.
O BBB é mais atração que programa. Programa tem algum tipo de encadeamento, de estrutura enquanto atração: tem pouco de previsibilidade, a "coisa em si" é o que capta os sentidos da audiência. Há a ilusão da imprevisibilidade. Apenas ilusão, porque o que vale mesmo é a realidade fabricada ali na mesa de edição; é ali que se constroem os mocinhos e os bandidos, os "cabeças" e os iletrados, o éticos e os aéticos.
Contrariando a máxima de que homem algum é uma ilha, o BBB termina sendo a própria ilha a ter como mar suas paredes e o tempo todo é desperdiçado com conversa, namoro, intriga, ginástica, bebedeira. No entretempo, os super-heróis do Bial se digladiam para eliminar os outros e vencer. E é o vale-tudo: fazem alianças, traem, simulam, dissimulam, enfim, tentam se aproximar do Santo Graal, aquele objeto de desejo agora representado pelo cheque de R$ 1,5 milhão.
Quem está ali se depara com o dilema da modernidade: se tornará celebridade instantânea ou retornará ao anonimato. Ser celebridade, mesmo que por poucos dias, parece conceder um sentido à vida desses participantes; e renunciar aos holofotes deve, em sua estima, equivaler simbolicamente à própria morte.
Em volta da piscina
Concordo com o ótimo poeta brasiliense Gustavo Dourado. E, de sua autoria, compartilho os bem-humorados versos:
"É um joguete da mídia:/ De lucro comercial.../ Os bobos no telefone:/ Escravidão digital.../ A mando do Grande Irmão:/ Que acumula o vil metal.../// Loteria de milhões:/ Os bundões em evidência.../ Decadente baixaria:/ Em busca de audiência.../ Programinha indecente:/ Que está na repetência..." É aquele desfile de corpos sarados – na maioria dos casos – com mentes vazias. Gigantes materiais e pigmeus éticos. Muita futilidade, caras e bocas, mau caratismo explícito, atentados ao pudor e à língua pátria, preconceitos raciais e sociais de todos os matizes. O voyeurismo estimulado pela atração supera e muito o interesse e curiosidade com que visitantes param em um zôo para observar a jaguaritaca, o filhote de anta e o urso polar, a girafa ou o flamingo.
O programa de maior audiência da televisão brasileira é a versão moderna de um zoológico, onde em vez de observar animais observamos do que são capazes semelhantes nossos trancafiados em uma jaula com aparência de casa, com jeito de casa. Ninguém joga pipoca nem banana, mas a atenção é concentrada: em determinada noite da semana se contabilizam formidáveis dezenas de milhões de ligações telefônicas jogadas na jaula em forma de casa com o nobilíssimo intuito de sensibilizar os administradores do zôo para que expulsem da casa – em forma de jaula doméstica – este ou aquele participante.
Em pleno verão carioca, sempre no período de janeiro a março, sabemos na edição noturna os que ficaram papeando na piscina ou desmaiados em volta desta, sempre em trajes sumários, sumaríssimos. E os instintos estarão, quase sempre, à flor da pele. E isso me faz lembrar os jacarés do papo amarelo, aquela espécie de jacaré que habitava rios, lagos e brejos próximos ao mar, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul e na bacia do Rio Paraná, chegando até o Pantanal. É que ali já estiveram trancafiados gente de quase todos os estados brasileiros. Largados em volta da piscina colocando em dia seus papos amarelos. E põe amarelos nisso.
A verdadeira natureza
Todos parecem desfrutar do mesmo DNA do Pedro Bial: belos, sarados e afinados com essa cultura de frivolidades de que a atração é seu fruto mais maduro e consumido. Quando Bial surge na tela com seus jargões pomposos – meus heróis, meus ídolos, tripulantes de minha nave, habitantes da casa mais vigiada do Brasil, meus mais-mais – os participantes dão uma última retocada no visual, uma nova cruzada de pernas, e como integrantes de bem ensaiado coral capricham no sorriso e retribuem o desejo de boa noite.
Bial não consegue disfarçar seu encantamento com aqueles espécimes humanos, fala como se Oráculo fosse e tem a plena convicção que jamais – jamais! – será contraditado ou contrariado por quaisquer deles – e não importa quão infamante seja seu gracejo ou quão estúpidas as observações a ser proferidas em tom ora solene ora galhofeiro. E todos sabem que agradar o Bial é o mesmo que aparecer bem nas casas de milhões de telespectadores.
Mas nem tudo está perdido. O Big Brother Brasil está a merecer estudo sociológico. A casa-jaula assemelha-se também a uma gaiola de hamsters (aqueles pequenos roedores brincalhões). São 80-90 dias de cativeiro, privados de intimidade, alvos de simpatia e da antipatia de uns e de outros, do ciúme e da inveja de uns e de outros, com tanto tempo ocioso e pouco afeitos à atividade de pensar, talvez acreditando piamente que pensar enlouquece.
Como hamsters, têm acesso à roda gigante: festas no sábado, gincanas premiando o vencedor com carros 0 km, esforço físico colossal para fixar na mente dos telespectadores a marca do detergente que pode limpar tudo menos os lugares vazios, muito vazios de ideais e de sentido para a vida.
Do ponto de vista financeiro a atração é uma mina de ouro. Muito merchandising, pouco investimento. Assim como é fácil de tratar o hamster e de o mesmo não necessitar de alimentação dispendiosa, a manutenção da casa do BBB é relativamente econômica. Eles mesmos são quem fazem a comida e esta precisa ser conquistada vencendo obstáculos. E agora o formato da Endemol inclui a existência da Casa Grande & Senzala – ou, como chamam seus participantes, a casa de luxo e o puxadinho.
Hamsters levam a vantagem de rapidamente conquistar a nossa simpatia com seu comportamento amistoso ao contrário dos heróis do Bial, que na maioria das vezes apenas revelam sua verdadeira natureza com o passar do tempo em cativeiro.
A maior tragédia
Nesta décima edição houve recorde de votos para eliminação de um participante: 92 milhões. Pausa para alguns rápidos cálculos. Neste paredão recorde, caso 100% dos votos tenha sido transmitido por ligação telefônica, podemos calcular que as ligações renderam R$ 27,6 milhões – considerando o preço da ligação a R$ 0,30.
Agora... sim, sempre tem um agora. Agora, vamos imaginar que a Rede Globo tenha feito um contrato "50% por 50%", ou melhor, "meio a meio" com uma operadora de telefonia. Então, nesse único paredão a emissora carioca teria embolsado nada desprezíveis R$ 13,8 milhões. Toda essa dinheirama em um único paredão. Acontece que em três meses a quantidade de paredões varia de 14 a 16. Portanto, seguindo certa mentalidade de nossos meios de comunicação, ante tamanho volume de dinheiro, algum desses empresários pensaria duas vezes antes de riscar de sua grade conteúdos que favoreçam e cultura e cidadania do povo brasileiro?
Outra constatação é que pensamentos egoístas e imagens preconceituosas dominam o programa ou, ao menos, a quase totalidade da edição do programa. Os que se sentem acima da média – que, aliás, é muito baixa – avocam para si o atributo de serem elas mesmas, de serem sinceras em suas opiniões, de não estarem jogando pra platéia e que "dinheiro não é tudo na vida". Para estes, os outros apenas vêm confirmar o pensamento de Jean-Paul Sartre de ser, os outros, o próprio inferno.
O Big Brother Brasil é autoexplicativo. Mesmo quem diz que nunca assistiu consegue rapidamente formular opinião sobre o programa. Até porque é de longe fonte primária para o jornalismo de frivolidades – também conhecido como de entretenimento –, crítica de televisão e, na verdade, reedita o velho colunismo social dos jornais impressos. Só que bem mais ao gosto dos dias atravessados que vivemos, com direito a pergunta em rede nacional em horário nobre tão instrutiva e recatada quanto: "Você é ativo, passivo ou ambos?" E a resposta de supetão: "Nessa idade, eu sou tudo".
À sua maneira, os participantes se põem a conversar sobre tudo e todos, sobre tudo e nada. É uma pena que não consigam elaborar em 90 dias perguntas que façam a vida valer a pena. Penso em busca de respostas para questões essenciais: todo mundo é corrupto ou depende das circunstâncias? Você toparia tudo – mas tudo mesmo! – por dinheiro? Todo mundo mente, faz intriga, é fofoqueiro, traíra ou X9? Existe algum ser humano que seja confiável quando há muito dinheiro em jogo? Por que tenho medo de lhe dizer o que eu sou?
É que ainda não entendemos que a pior tragédia na vida de um homem é aquilo que morre dentro dele enquanto ele ainda está vivo. Não preciso escrever mais nada, né?

Porque ele ficou

Henrique Meirelles ficou no Banco Central e saiu da política. Assim ele avalia.“Não me vejo daqui a quatro anos disputando eleição.” Sobre subir juros em ano eleitoral, Meirelles disse: “O que afeta voto é inflação. Selic dá conversinha de alguns políticos e reação de empresário.” Se o presidente Lula não concordasse com isso, disse, ele teria saído do governo agora.
Meirelles me disse que foi difícil a decisão dos últimos dias:
— Eu sou de Goiás, e claro que a ideia de governar meu estado sempre esteve no meu horizonte desde que eu entrei na política. Quando disputei o mandato de deputado pelo PSDB, (Marconi) Perillo estava a par desse plano. Eu teria seguido a minha carreira política em Goiás, mas o presidente Lula me chamou para o Banco Central e isso mudou tudo.
Agora, no fim desse segundo mandato, ele voltou a pensar no mesmo projeto:
— O PMDB era a melhor opção para Goiás, por isso eu tratei desse assunto lá no meu estado e conversei com a direção do partido apenas na véspera sobre a minha filiação.
Meirelles nega que tenha sido seu sonho ou que tenha trabalhado a possibilidade de ser candidato a vice-presidente.
— Esse assunto surgiu e claro que me envaidece, mas eu não articulei. Ontem mesmo quando saí daqui e fui a um restaurante pessoas vieram falar comigo sobre essa possibilidade. Mas eu sou o primeiro a concordar que o PMDB é que tinha que buscar suas opções. Eu, o que quis, era ter me candidatado a governador de Goiás. Agora as portas estão fechadas para a política e eu não me vejo daqui a quatro anos disputando uma eleição.
Meirelles disse que agora se concentra no Banco Central:
— A minha grande motivação é a de colaborar para que os resultados desses sete anos permaneçam.
O mercado e os analistas entenderam o último Relatório de Inflação como um movimento do Banco Central de aceitar um pouco mais de inflação agora, neste ano eleitoral. Meirelles disse que isso é um erro de avaliação:
— É uma raridade estatística fechar o ano calendário com a inflação no centro da meta. Ela tem é que convergir para a meta sempre, e esse é o trabalho do Banco Central. As projeções do mercado mostram que no horizonte de 12 meses a inflação está no centro da meta. E para isso vamos trabalhar.
Meirelles explicou que nos dois cenários com os quais se trabalha, o cenário de mercado e o cenário de referência, não há diferença na projeção da inflação. O que significa, tecnicamente, que o mercado não vê impacto da política monetária a curto prazo:
— E é isso mesmo porque há uma defasagem. Houve um choque de preços de commodities e a inflação está mais elevada. O importante é trabalhar agora para levar a $ção para a meta em 12 meses. Seria um erro adiar essa correção por motivos políticos. Não abandonamos a meta. Ela está na mão.
Lembrei a Meirelles que ele tem tanto a cabeça do político quanto a do presidente do Banco Central, e cruzando esses dois mundos perguntei como ele imagina que ocorrerá esse cenário de o BC iniciar agora um ciclo de elevação de taxa de juros, quando os políticos estão mais sensíveis às pressões e críticas aos juros altos. Ele foi taxativo:
— O que afeta o voto não é a Selic, o que afeta o voto é a inflação. Erro seria deixar a inflação subir.
Depois de dizer que Selic provoca é conversinha de alguns políticos, reação de empresário e assunto na mídia, Meirelles insistiu que a inflação sob controle é que traz o maior ganho eleitoral:
— Se não fosse assim, como é que se explica o resultado eleitoral de 2006, quando os juros subiram? Em 2004, entre o primeiro e o segundo turno da eleição municipal, nós elevamos os juros. O que tem impacto eleitoral é a inflação. Essa é a minha convicção, e se o presidente da República não concordasse com isso teria me incentivado a sair.
Meirelles também discorda completamente da ideia de que o BC possa adiar a elevação dos juros:
— Atrasar o ciclo seria um suicídio, isso elevaria a inflação e o Banco Central iria acabar tendo que subir juros no meio da eleição com a inflação alta. Atrasar não faz sentido algum.
O mercado acompanhou com expectativa essas últimas horas, alguns acreditando que as metas de inflação já tinham amadurecido o suficiente para que a saída de Meirelles nada significasse. Mas no final das contas, quando saiu a notícia de que ele tinha decidido ficar, relatórios dos bancos para seus clientes aqui e no exterior foram expedidos tratando a decisão como uma notícia que confirma o cenário de uma política monetária forte.
O presidente do BC fez a análise correta, o que afeta a política é a inflação. A economia aquecida, o choque de alta de preços das commodities, e a elevação dos preços dos alimentos, tudo isso apontava um cenário de risco para o aumento da inflação. E ela subindo tira renda das pessoas; queda de renda afeta o humor do eleitorado. Mesmo assim será um duro teste da autonomia do Banco Central nos próximos meses. A notícia de ontem é que sem espaço na política, Meirelles se voltou ao seu trabalho no Banco Central. Lá ele só poderá ter uma cabeça: a da autoridade monetária.

Na dúvida

Um presidente do Banco Central que se debate o dia inteiro na dúvida sobre se fica ou sai assusta um pouco. Foi por isso que, em um dos telefonemas da coluna para um economista, a resposta foi: “Não sei nem quem será o presidente do BC amanhã, como vou saber da taxa de juros futura?” Uma coisa estava certa ontem desde cedo: o Copom aceitará que a inflação fique acima da meta este ano.
O dia amanheceu sob várias expectativas: mudanças na diretoria do Banco Central, permanência ou não de Henrique Meirelles, e o que diria um Relatório de Inflação depois de tanta controvérsia sobre a última Ata, na qual o Copom explicou o oposto do que fez. A maioria das dúvidas se resolveu logo pela manhã, uma ficou pendente. No final do dia, depois do suspense, da ida inesperada para falar com o presidente Lula, das frases enigmáticas, Meirelles avisou que de amanhã (hoje) não passa. A rigor, ele tem até o dia 3, sábado de Aleluia, para se desincompatibilizar e poder concorrer às eleições.
Saiu o diretor Mário Mesquita, como dito aqui ontem, e assumiu o diretor Carlos Hamilton Vasconcellos de Araújo, que na sua estreia defendeu os mesmos pontos de vista, e disse que o Banco Central está comprometido em defender a meta de inflação. Só que ele falou em convergência para o centro da meta a médio prazo.
O Relatório deixou claro que o Banco Central não vai brigar para manter a inflação no centro da meta este ano. Trata 2010 como um ano de transição entre a crise do ano passado e o ano de 2011, no qual, pelas expectativas do mercado, a inflação vai convergir para a meta.
O BC disse também, em linguagem cifrada, que há um cronograma de elevação de taxas de juros; que a divergência na última reunião foi entre manter o cronograma original de elevação dos juros começando em abril, ou antecipar para março. Mas o desafio do Banco Central não é nada trivial. Ele está avisando que vai iniciar um período de aperto monetário. Ou seja, várias reuniões com aumentos de 0,5 ponto percentual. O mercado calcula ao todo 2,5 pontos de elevação.
Essas altas de 45 em 45 dias ocorrerão num ano eleitoral, em que o principal candidato de oposição, que está na frente das pesquisas, é adversário declarado dos juros altos. Em que a candidata do governo nem sequer capta o sentido de metas de inflação. E todo o esforço e a briga serão para manter a inflação na meta no ano que vem, no outro governo. Até hoje, por sete anos e três meses, Henrique Meirelles conseguiu convencer o presidente Lula a deixar o Banco Central conduzir de forma autônoma as $ões do Copom. Este ano, a tarefa é mais difícil. Até porque não há no governo Lula quem saiba a diferença entre uma inflação de 4,5%, 5% ou 6%. A leniência em relação à inflação pode já estar contratada independentemente de quem seja o presidente do Banco Central. A pressão do crescimento está sendo alimentada por um fenômeno incentivado por bancos públicos e pelo próprio BC: a expansão do crédito (vejam no gráfico).
A projeção para a inflação no centro da meta no ano que vem se baseia na expectativa de que tudo permanecerá constante, de que o Banco Central continuará autônomo para tomar suas decisões e fazer o que for necessário para preservar o regime de metas de inflação. A dúvida é: o governo quer pagar o preço desse desgaste interno e externo, ou serão dominantes as vozes para que se aceite um pouco mais de inflação?
No Banco Central há uma corrente que diz que o fato de a maioria absoluta dos diretores, e dos votos do Copom, serem de funcionários de carreira significa que haverá mais empenho em resistir às pressões políticas. Porque, afinal, governos passam, e a instituição fica. Mas nem tudo depende desse empenho. O Banco Central do Brasil tem tido autonomia de fato, não de direito.
Para Meirelles, o dilema é mesmo duro. Ele sonhava em sair do Banco Central para uma candidatura que não deixasse dúvidas de ser irrecusável: o velho sonho de governar Goiás, ou, ainda melhor, a Vice-Presidência. Com as duas possibilidades fora do baralho, por que sair e deixar o Banco Central vulnerável às pressões políticas na última e decisiva batalha?
A nova diretoria do Banco Central tem excelentes quadros e hoje, 45 anos depois de criado, o BC é uma instituição sólida, com um número suficiente de doutores em economia. Recebeu ontem o reforço do discreto, mas eficiente, Luiz Awazu Pereira, que foi escolhido para a diretoria da área internacional. Luiz Pereira é funcionário do Banco Mundial, tem uma carreira internacional sólida, já trabalhou no Ministério da Fazenda no período Antonio Palocci. Não é por falta de qualidade das pessoas que surgem as dúvidas, é porque o Banco Central, no final das contas, não é independente.

Dilma converte eleição em briga de saia contra calça

Dilma Rousseff fez da mesa de onde são dirigidos os trabalhos do Congresso um palanque.
numa sessão solene convocada com o propósito de homenagear o Dia Internacional das Mulheres.
Em discurso, a candidata de Lula como que reduziu a disputa presidencial de 2010 a uma queda-de-braço da saia contra a calça.
"O Brasil está preparado para ter uma mulher presidente", disse Dilma. Sua fala inspira uma pergunta inevitável:
Afinal, uma mulher no comando é garantia de sucessõ? Eis a resposta: não. Repetindo: não. De novo: não.
Mede-se o bom gestor –público ou privado— pelo tamanho de sua competência, não pelo comprimento da saia.
Recorde-se, por oportuno, Zélia Cardoso de Mello. Foi a última mulher a exercitar o poder, em toda sua plenitude, no Estado brasileiro.
Sob Fernando Collor, Zélia foi a czarina da Economia. Produziu confisco de contas, desordem econômica, inflação, estagnação e ruína.
Quando a coisa apertou, Zélia portou-se como mulherzinha: tirou o colega Bernardo Cabral para dançar um bolero.
Dilma fará melhor papel se for à sucessão munida de dados que comprovem o título de gestora competente que Lula lhe atribui.
Até porque, tomada pela fama de durona, a candidata faz supor que, eleita, exercerá uma presidência, por assim dizer, macha.
Não será, aliás, a primeira. Recorde-se Margaret Thatcher. Uma primeira-ministra homem. Evoque-se Indira Gandhi. Homem. Golda Meir. Outra mulher-homem.
Se insistir na plataforma política baseada no sexo, Dilma arrisca-se, de resto, a atrair comparações menos alvissareiras.
Alguém poderá dizer que Dilma frequenta a cena eleitoral como uma espécie de Isabelita Perón à brasileira, sem aliança.
Uma mulher que virou candidata porque Lula, o seu Juan Domingo Perón torto, decidiu casá-la com sua gestão, prometendo à platéia a felicidade eterna.
Desnecessário lembrar que Isabelita entregou aos argentinos o caos e o arbítrio. Melhor evitar o risco do paralelo.
No Brasil, a política tem sido um território de machos. Algo que levou Marina Silva, a outra mulher-candidata, a dizer da tribuna, na mesma solenidade:
"Não é a toa que, só após 500 anos de história de Brasil, tenhamos, pela primeira vez na história deste país - como diz o presidente Lula - a possibilidade de termos mulheres na Presidência...”
 “...E isso é uma conquista das mulheres por sua luta nos últimos cem anos, mas é também uma conquista particular da sociedade brasileira".
Verdade. As mulheres romperam, também no Brasil, o escudo de testosterona que as impedia de entrar no jogo. E é bom que isso tenha ocorrido. Porém...
Porém, a conquista pode resultar em desastre se as mulheres derem ouvidos à senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), outra mulher que discursou.
"Uma mulher na Presidência é a mulher na Presidência. Somos nós. Eu me sentirei na Presidência da República. Cada mulher
deste país vai se sentir presidente da República”.
Ora, se a “mulher na Presidência” provar-se uma incapaz, “cada mulher deste país” vai ser tomada de vergonha inaudita por “se sentir presidente da República”.
 Por sorte, havia em plenário uma mulher com senso crítico. Vale a pena ouvir a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS):
"A escolha do próximo chefe da nação não deve pautar-se em questões de gênero, raça ou nível social, mas sim em quem trouxer as melhores propostas para o futuro”.
Vale dizer: assim como a saia que Dilma não gosta de usar não faz dela uma boa presidente, tampouco a calça faz do tucano José Serra uma garantia de êxito.
Na sessão em que o Congresso celebrou o triunfo feminino, o plenário foi adornato com um grande painel.
Trazia os seguintes dizeres: “Mulher na política muda o poder”. Na foto lá do rodapé, Dilma cruza o lema seguida de perto pelo proto-aliado José Sarney (PMDB-AP).
Durante a cerimônia, o presidente do Senado cercara a presidenciável do PT de atenções. Sarney recobrira Dilma de elogios:
"É uma mulher lutadora, vencedora, competente e que realiza, neste instante, um grande trabalho pelo Brasil".
Se virar presidente, Dilma será, no poder, o novo acorrentado ao velho. Arrastará atrás de si os mesmos homens que
se eternizam o arcaico na política brasileira.
Com Serra ou qualquer outro, não há de ser diferente. Uma evidência de que há muito mais em jogo do que uma mera gincana de óvulos e espermatozóides.

sábado, 3 de abril de 2010

Aécio se despede do governo com um "até breve"


"Há poucos dias, quando inaugurava a nova sede do governo de Minas, encerrei minhas palavras retirando das cordas mais profundas da minha alma o sentimento que me une a Minas e aos mineiros. É com este sentimento que me despeço de cada um de vocês, não com um adeus, mas com um até breve, pois: Minas é minha causa, minha casa, minha pátria. E aqui, nesse chão, somos todos irmãos!". Essas foram as últimas palavras de Aécio Neves (PSDB) como governador de Minas Gerais. Do alto da sacada do Palácio da Liberdade, ele se despediu ontem do cargo. Ao lado de artistas, prefeitos, deputados e toda uma claque de políticos, o tucano passou o posto a Antonio Anastasia (PSDB), seu vice e pré-candidato à sucessão estadual. O tucano se desincompatibilizou para concorrer a uma vaga no Senado

Os últimos minutos de Aécio como governador foram de expectativa. Um forte temporal que caiu na capital mineira, no momento da transmissão do cargo, às 15h, ameaçou o cancelamento do evento. Populares, que se aglomeravam na porta do Palácio da Liberdade, se retiraram do local. Depois de almoçar no Palácio das Mangabeiras, Aécio dirigiu-se à praça da Liberdade. Por volta de 16h30 as águas deram trégua.

Emocionado, Aécio quebrou o protocolo e permitiu que Anastasia fosse o primeiro a discursar. O governador empossado agradeceu ao padrinho político e disse que não se tratava de uma despedida, mas de uma festividade. "Neste momento, nosso sentimento é um misto de saudade antecipada e de imensa alegria de ter podido participar, sob sua liderança, deste mutirão realizado a favor de Minas Gerais e de seu povo", disse Antonio Anastasia.

Aécio, passou o Grande Colar da Inconfidência para Anastasia, e, ao lado da filha, se despediu dos mineiros. "Obrigado pelo afeto com que sempre fui recebido por onde andei e pela enorme confiança depositada em minhas mãos. Obrigado Minas, muito obrigado!", disse Aécio com voz embargada.

O tucano disse que não faria balanço de seu governo, pois tinha certeza que os mineiros sabiam a dimensão do seu trabalho. Acompanhado de ex-governadores, Aécio fez referência especial a Itamar Franco (PPS). Também lembrou do seu avô, Tancredo Neves. O tucano disse que aprendeu com ele a fazer política. "Aprendi, com o presidente Tancredo, que ela é também a forma mais honrada de exercer a solidariedade", disse Aécio.

Após o discurso, Aécio Neves ouviu a banda do projeto social Valores de Minas tocar a música "Amigo de Fé", de autoria de Roberto Carlos. Por fim, desceu a escadaria do Palácio da Liberdade e atravessou a praça em um tapete vermelho.

Aécio Neves deixou o governo sete anos e meio após ter assumido o cargo.

Ex-governador terá agenda intensa após deixar o governo

Aécio Neves (PSDB) deixou o cargo ontem para concorrer a uma cadeira no Senado Federal. O tucano pretende participar de evento católico em São João Del Rei, amanhã. Depois, comparece no lançamento da pré-candidatura de José Serra (PSDB), ex-governador de São Paulo, ao Palácio do Planalto. O evento está marcado para o dia 10 deste mês.

Aécio Neves pretende tirar cerca de 10 dias de férias. Fará viagem pessoal. Em seguida, retorna a Belo Horizonte onde montará um escritório político.

O mineiro já disse que pretende participar de inaugurações de obras realizadas em sua gestão. Vai acompanhar o novo governador, Antonio Anastasia (PSDB).

O tucano promete empenho para eleger seu sucessor em Minas. Também já disse que trabalhará pela eleição de Serra.

O mineiro deixará o governo, mas não deve deixar de se assediado por seu partido, especialmente da ala paulista, para que seja vice-candidato à Presidência na chapa de Serra.
Homenagem

Artistas. Luciano Huck, Cristiane Torloni, Maitê Proença, Ziraldo, Alcione, Fagner, Odilon Wagner, Zico e Rogério Flausino. Estes foram os artistas que participaram da cerimônia de transmissão de cargo ontem.

Páscoa


A Sexta-feira da Paixão é uma data cósmica. Nos éteres planetários existe uma gigantesca cruz de luz branca, de cujo centro brota e aos poucos desabrocha um imenso botão de rosa lilás, a cada Sexta-feira Santa. Da mesma forma que há dois mil anos o Cristo foi traído, criticado, hostilizado, julgado e condenado, continuamos a cometer atrocidades semelhantes contra o nosso Cristo Interior e contra o Cristo em nossos semelhantes A crucificação do Cristo Interior acontece sempre que confiamos no mundo exterior, ou seja, no dinheiro, remédios, oráculos e toda sorte de absurdos. Acontece quando nos esquecemos do poder total e único do nosso Cristo Interior. Ao deixarmos de confiar na vida, a centelha Crística que nos habita, acreditamos que: “eu não sou, eu não tenho, eu não posso, eu estou doente etc." Cada pensamento de separatividade, de desamor, cada palavra de crítica ou julgamento é um espinho que fincamos na cabeça do Cristo em nossos semelhantes.Conectando-se com este Centro de Transmutação, cada um de nós podemos voltar-se para o Cristo Interior e, com a ação balsamizante, retirar os espinhos e pregos, e regenerar o Cristo em nós e em cada pessoa, devolvendo-lhe todo o amor, poder, confiança e devoção. Então, no Domingo de Páscoa, todos podemos desfrutar da Chama da Ascensão, entrando na plena consciência. Que todos nós possamos ter uma FELIZ PÁSCOA.

Mexem na alma

Viver

Viver é traçar um ponto na linha do tempo,
fazendo curvas dia a dia,
seguindo a trajetória do vento.
Pontuando todo momento.
Viver é olhar para o futuro,
contemplando o caminho presente,
é seguir mesmo no escuro,
prosseguindo sempre em frente.
Viver
é acordar cada dia e contemplar imagens,
ver as cores dos jardins,
é sentir o cheiro de um jasmim,
aprender com as paisagens,
colhendo suas mensagens.
Viver é agradecer todos os dias
Dias, meses e anos,
é ter saúde, paz , harmonia,
força, vigor ou ânimo.
Mensagens Para Orkut - MensagensMagicas.com

Podemos fazer a diferença

Quando perceber o fim se aproximando.

Por incrível que pareça essa semana tive minha primeira e verdadeira desilusã,mas devo admitir que no auge dos meus 37 anos,cheguei a achar que talvez estivesse imune a esse mal do mundo afetivo. E a única coisa que posso dizer aos que ainda não sentiram na pele o poder da desilusão, é que dói, e muito.Acredito que nosso problema começa desde de pequenas, pois nós mulheres somos iludidas com histórias de um amor eterno e verdadeiro. Que ultrapassa fronteiras, enfrenta desafios, que não enxerga barreiras, enfim, que passam por tudo e que no fim todos se casam vivem felizes para sempre. E apesar de saber que nada disso é real, no fundo, bem no fundo, a esperança de encontrar um amor assim sempre existe.Mas é complicado perceber o fim se aproximando, quando o outro sempre diz te amar e diz que sempre vai estar ao seu lado. O fato é que depois de brigas e maltrados, fiquei com a seguinte dúvida, é melhor mergulhar de cabeça ou esperar pra conhecer e depois ir se entregando? Sinceramente queria ter essa resposta com precisão. Não estou retirando minha parcela de culpa em tudo que aconteceu,Então acho que no fim o negocio é amar ao máximo enquanto nos é permitido fazer isso, porque nunca se sabe o que realmente se passa na cabeça deles, e nem o que devemos esperar do dia de amanhã.

CONQUISTANDO UM CORAÇÃO

Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa. Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado. Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente. Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança. É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade. Para se conquistar um coração definitivamente tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos. Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago. …e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco. Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração. Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria. Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que? Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós. Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava. … e é assim que se rouba um coração, fácil não? Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então! E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém… é simples… é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.

AMIGOS VERDADEIROS

Certos amigos são indispensáveis, simples como aquela estradinha de terra no interior, onde do alto da colina podemos avistá-la inteirinha,sabemos onde podemos ir e onde podemos chegar,são transparentes e confiáveis. Outros, acabaram de chegar,como estradas que só conhecemos pelo Guia,e vamos nos aventurando sem saber muito bem seus limites,é um caminho desconhecido,mas que sempre vale a pena trilhar. Tem amigos que lembram aquelas estradas vicinais,que pouco usamos, pouco vemos,mas sabemos que quando precisarmos, ela estará lá,poderemos passar e cortar caminho,mesmo distante, estão sempre em nossa memória. Por certo, também existem amigos que infelizmente,lembram aquelas estradas maravilhosas,com pistas largas e asfalto sempre novo,mas que enganam o motorista,pois são cheias de curvas perigosas,e quando você menos espera… É traido pela confiança excessiva. E existem amigos que são como aquelas estradas que desapareceram, não existem mais,mas que sempre ligam a nossa emoção até a saudade,saudade de uma paisagem, um pedaço daquela estrada,que deixou marcas profundas em nosso coração. Foram, mas ficaram impregnados em nossa alma. E na viagem da vida, que pode ser longa ou curta amigos são mais do que estradas,são placas que indicam a direção,e naqueles momentos em que mais precisamos,por vezes são o nosso próprio chão. Image du Blog perolascraps.centerblog.net
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